Guerra
E nos dias mais claros me encolho nas
cavernas
Por mais sábio que seja o mais sábio dos
homens
Eles crêem e imaginam os fatos, fatos não
contestados
Eu me deprimo e rasgo os fatos e queimo
minha identidade
Queimando minha falsa identidade santa que
um dia, foi o dia
Onde celebrava junto aos homens sábios,
porém todos errados
Caia em terrível conforto por saber que
estava salvo
Minha morte chegaria e por isso não
temeria mal algum
Agora caio de joelhos com as mãos feridas
e alma vazia
Quem realmente eu sou e o que quero,
apenas são lembranças
Quando me lembro da guerra e das bombas me
recordo também da dor
Porém era está dor me fazia lembrar que
realmente era real
O mundo em guerra e partes de corpos
voando ao meu lado
Sangue jorrando e gritos da morte tão
precoce aos meus ouvidos
Onde eu queria estar e com quem queria era
o mais perfeito paraíso
Preferia queimar no inferno ao ver o que
via e sentir o que sentia
A arma que eu carregava me pesava, era meu
corpo junto a ela
Matar um homem talvez um sábio homem não fosse
correto
Cada morte para mim era um pedaço da minha
alma que morria
O terror de saber que não era um sonho,
mas sim uma realidade terrível
Eu pedia e suplicava, porém ninguém me
ouvia a não ser minha mente
Estava em guerra e traçava a guerra também
dentro de mim
Quando a guerra acabou, porém na a guerra
em minha mente
Ouvia o doutor que me falou de um jeito
bruto ao capitão
Ele está preso dentro de si, a guerra
acabou
Porém a sua própria guerra mal começou;
Agora vejo tudo branco às paredes me
condenando
Mostrando cada face que matei e suplicando
pela vida
Escuto essas vozes que não me deixam
dormir nem sonhar
Estou amarrado, sinto a eletricidade por
todo meu corpo
Isso não me faz esquecer apenas me mostra
que ainda estou vivo
Para sempre em uma guerra interminável
com a minha mente.
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