Cegos
Olhos
cegos que estão agora pendurados no varal
Lágrimas
que escorrem desses olhos vazios sem nada ver
Corpo
que agora vaga por um mundo que é agora vazio
O remédio que
ele toma é veneno
A
bebida que toma é acido
Procurando
seus olhos que estão no varal a secar
Secando
tudo o que um dia foi suas memórias
Junto
ao seu cadáver nada irá restar
Nem
lágrimas, nem memórias e nem caminhos
Pois
seus olhos agora são pedras desgastadas.
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